domingo, 24 de junho de 2012

Transexualidade: um drama existencial


Um ótimo texto sobre transexualidade, retirado do site UOL , Portal ciência e vida

http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/22/artigo66260-1.asp


Transexualidade: um drama existencial
Cirurgia de redesignação sexual e documentação adequada são apenas duas das difíceis etapas e angústias por que passam aqueles que buscam concordância entre a anatomia e o psíquico

Por Anna Melo





Faz 10 anos que o Conselho Federal de Medicina aprovou a cirurgia de redesignação sexual em pessoas que nasceram homens, mas que interiormente eram mulheres como também o oposto, mulheres que em sua essência sentiam-se homens. “A transexualidade pode ser determinada por uma alteração genética no componente cerebral, combinada com alteração hormonal e fator social. Entretanto, a hipótese mais aceita é de que se trata de uma diferenciação sexual prejudicada no nível cerebral”, esclarece a profª Maria Jaqueline Coelho Pinto, psicóloga da Equipe de Adequação Sexual da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP e membro do Grupo Sexualidade Vida, da USP/CNPq.

Alguns especialistas acreditam que após a cirurgia este transtorno de identidade seja sanado, como explica o psiquiatra, sexólogo e prof. doutor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Dr. Sergio Almeida: “é feita uma adequação entre o corpo fisiológico e o mental, então a pessoa entra em harmonia, pois não irá mais existir esta discrepância entre a identidade de gênero e a fisiológica”, afirma.


Da mesma opinião, a psiquiatra Coordenadora do Comitê de Sexualidade da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e Professora da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Carmita Helena Najjar Abdo, diz que o transexual resolve o seu drama de identidade e se sente curado após fazer a cirurgia.

Indo mais além nesta questão, a advogada Tereza Vieira afirma que a cura global só acontecerá depois de adequar a documentação, pois só assim não será mais vítima de preconceito ou discriminação social. “Não precisará se candidatar a subempregos nem terá mais vergonha de mostrar a identidade. O nome corresponderá ao seu biotipo”, diz.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mato Grosso do sul, rumo a igualdade nos direitos transexuais


Decisão inédita no MS, autorizou transsexual a ter nome de mulher sem mudar de sexo

* Defensoria Pública alegou a dignidade humana e discriminação *


                                          Fonte da noticia.
http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/decisao-inedita-autorizou-transsexual-a-ter-nome-de-mulher-sem-mudar-de-sexo



Pela primeira vez em Mato Grosso do Sul, uma transsexual recebeu aval da Justiça para trocar um nome masculino por um de mulher, sem, antes, passar pela cirurgia de mudança de sexo. Com roupas, gestos e sentimentos de mulher, mas aprisionada em um nome masculino, a pessoa procurou a Defensoria Pública em Campo Grande. A decisão de acionar a Justiça veio após constrangimento e humilhação.

A ação de retificação começou a tramitar no ano passado. No primeiro round da luta para ter um nome condizente com a situação social, o pedido foi indeferido. O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos, Fernando Paes de Campos, classificou a pretensão como juridicamente impossível.

Pois, sem a cirurgia de redesignação de sexo, o documento de registro público traz uma inverdade. A Defensoria Pública recorreu ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). “Aleguei que a Constituição Federal traz o princípio da dignidade humana e não pode haver discriminação em razão da identidade social”, afirma a defensora Vera Martins.

As decisões dos tribunais do Rio do Grande do Sul, que foi o pioneiro, e do Rio de Janeiro também embasaram o recurso de apelação. No dia 27 de abril, o desembargador Sérgio Martins, da 1ª Câmara Cível, autorizou a mudança de nome.

“Se fizermos o difícil – mas necessário – exame mental de superar influências religiosas, nada há de mal para a sociedade no seu todo em atender o pedido do apelante, enquanto, individualmente, somente o recorrente poderá dimensionar a grandiosidade da alegria, bem como as novas perspectivas que a presente decisão certamente lhe trará”, afirma o desembargador na decisão.

Renascimento - Agora, o processo volta a tramitar na Vara de Fazenda Pública, a quem cabe expedir o ofício para que o cartório faça a retificação do nome. “Foi uma vitória dupla, tanto para a assistida, quanto para a Defensoria”, afirma Vera Martins. No Brasil, foi a primeira vez que a Defensoria teve uma decisão favorável nesta modalidade de ação.

domingo, 17 de junho de 2012

Lei para tratamento e cirurgia transexual existe, oque falta é ter demanda nos estados e cidades


Bom, recebi alguns emails, com perguntas sobre onde procurar o tratamento transexual aqui em Campo Grande,MS.
Busquei um bom tempo me informar, e oque tem que se fazer a primeiro momento,é ir em qualquer unidade de saúde, marcar um médico geral. Á partir do médico geral, você já vai esclarecer que procura o tratamento, ele então terá que te passar um encaminhamento a um psicólogo. Aqui em Campo Grande,tem poucos psicólogos especializados em transexualismo, também tem poucos endocrinologistas.
Oque o CFM diz, é que precisa ter demanda para a cidade ou o estado receberem esses profissionais especializados em transexualismo.
Quero com esse texto, pedir a todos os interessados sobre o assunto, que façam valer a leis, mas é preciso que tenha demanda pra isso, é preciso que as pessoas que passam por essa situação, procurem os centros de saúde ,criem mais demanda, só assim podemos cobrar esses direitos garantidos pela constituição Brasileira

( LEI QUE GARANTE O TRATAMENTO )


CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA



 RESOLUÇÃO CFM nº 1.955/2010


(Publicada no D.O.U. de 3 de setembro de 2010, Seção I, p. 109-10)


Dispõe sobre a cirurgia de transgenitalismo e revoga a Resolução CFM nº 1.652/02. (Publicada no Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília-DF, n. 232, 2 dez.2002. Seção 1, p.80/81)

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO a competência normativa conferida pelo artigo 2º da Resolução CFM nº 1.246/88, publicada no DOU de 26 de janeiro de 1988, combinado ao artigo 2º da Lei nº 3.268/57, que tratam,

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Se dando o devido valor

Bom, este texto não foi escrito por mim, retirei ele do blog http://hormoniosparatransexuais.blogspot.com.br/ Foi escrito por uma transexual chamada Camila e, vale muito a pena ler, pois trata de pontos importantes na evolução mental das transexuais ...



Se dando o devido valor

Creio que um de nossos maiores inimigos é a baixa estima com a qual nos deixamos envolver no início de nossa transformação. Ninguém nasce ou se transforma numa mulher perfeita de imediato. Aliás essa coisa de perfeição, de padrões estéticos, deve ser colocada no seu devido lugar, pois não existem pessoas perfeitas.
Certas modelos perfazem uma parcela tão ínfima da população que jamais podem ser tomadas como referência da estética humana. Então o primeiro grande passo é não nos compararmos a ninguém! Eu conheci diversas transexuais e a grande maioria só conseguiu certos atributos através de maciços investimentos em tratamentos estéticos e cirúrgicos (alguns até de forma perigosa e precipitada) - tenham consciência disso. É natural que as meninas que até pouco tinham aspecto masculino levem um tempo para se passarem como mulheres, embora a grande e esmagadora maioria das transexuais sempre, ao final do processo, tenderá a deixar transparecer algo de sua carga genética - isso é inevitável. Portanto sejam realista e saibam aceitar o que vocês são!
Mas, voltando a situação que se refere aos primeiros meses de mudança, muitas de nós acabam por sofrer com piadas, comentários maldosos, risos sarcásticos e uma série de situações onde nossa aparência e postura são alvo de discriminação. Como então proceder? Como, mesmo ainda tendo traços marcantemente masculinos, evitar as críticas maldosas ou chacotas?
Quando de minhas primeiras saídas como mulher eu mesma sofri com piadas e risos. Eu estava a cometer erros, era óbvio, portanto eu precisava desenvolver auto-crítica. Muitas vezes insistimos em erros por puro orgulho, acreditando ou, pior, não aceitando o fato de que devemos humildemente aprender com as mulheres ditas genéticas. Uma mulher bonita, sensual, tem exata noção do que é  e age ou se apresenta com orgulho, seja na altivez de seu olhar, na postura ou no modo como caminha.
Postura é algo fundamental. Repare que as mulheres procuram sempre andar com a coluna ereta e a cabeça aprumada. Na escola aprendemos a grande tolice de barriga pra dentro e peito pra fora! Em realidade isso leva a uma postura anti-natural. O que você deve procurar é colocar os ombros para trás e manter o olhar ao nível do horizonte. Ao colocar a coluna reta e os ombros para trás você verá como o seu corpo assume uma altivez tipicamente feminina. Isso é tudo? Claro que não! A postura é o primeiro passo. O segundo se refere as roupas. Muitas vezes optamos por roupas inadequadas ao nosso biotipo. Então selecione com critério suas roupas: realce o que realmente tem de bonito e disfarce suas deficiências corporais que podem ser um bumbum sem expressão ou ombros demasiados largos. Observe atentamente o que as mulheres de bom-gosto usam nas ruas e nas ocasiões mais diversas - não faça de suas roupas um atestado de marmota!
A roupa também traduz personalidade: ela diz quem você é, o que pensa, seus gostos... Tenha isso em mente ao se vestir e procure assim caracterizar seu estilo.
O terceiro passo é a auto-estima. Tenha um orgulho desmedido do que você é! Assim que comecei a sair nas ruas eu ficava a olhar para as pessoas como a esperar delas uma aceitação. Agir assim é chamar a atenção para você, pois passará algo anti-natural. Você deve esquecer que é alguém "travestido". Você é apenas mais uma mulher na rua e pronto! Entenda que as pessoas só a farão alvo de críticas e piadas se você convidá-las com sua conduta a fazê-lo. As pessoas não estão a pensar em você ou em mim e nem tão pouco se importando com o que dizem de nós. Elas pensam tão somente em si mesmas - o tempo todo. Ficariam infinitamente mais preocupadas com uma simples gripe do que com a notícia de sua morte ou da minha ou se você prefere usar saias à calças compridas. Tenha isso em mente!
Ao andar na rua, ande com orgulho e altivez e coloque em sua mente: "sou uma mulher atraente e uma pessoa de imenso valor". Quando você assim se porta intimida as pessoas, em sua grande maioria, mergulhada em seus mundos cinzentos e tristes. Mas se mesmo assim você for alvo dos "idiotas de plantão" coloque algo nessa sua cabeça: NINGUÉM CHUTA UM CÃO MORTO!" Falo isso porque as pessoas que a criticam ou criticarão em realidade o fazem apenas por saber que você tem algo que elas invejam: coragem e verdadeiro valor! Ninguém vem a judiar de uma pessoa digna de pena, mas elas terão um prazer doentio em atacar alguém que elas invejam - isso simplesmente porque as incomodam, por mostrar a elas o quanto são incapazes de lutar por sua própria felicidade! 
Esse primeiro bloco é para que vocês também nunca cometam a atitude deprimente da auto-piedade que não as levará a lugar algum. Se dê valor, tenha orgulho se si mesma, pois ninguém o fará!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Alguns regimes hormonais e procedimentos

Este texto foi traduzido automaticamente com google tradutor, por tanto, pode haver erros de tradução
foi retirado do site =  http://www.transgendercare.com



TransGenderCare
hormonais Regimes

Tivemos muitos pedidos de mulheres transexuais, bem como profissionais de ajuda para os nossos esquemas hormonais feminização. Contido abaixo as descrições das terapias com drogas específicas e regimes listados no formato tabular.

O primeiro passo na terapia feminizantes é determinar o que o indivíduo quer para atingir, em que a velocidade, e para que as considerações de saúde podem desempenhar um factor no processo. A maioria dos indivíduos tinha vindo até nós para feminização completa, e desejou um programa médico que deve atingir os seus objetivos mais rapidamente, mantendo a boa saúde de cada um. Naturalmente, no dia-a-dia da prática existem muitas variações sobre o tema. Aqui estamos olhando para o regime normal, sendo que a feminização completa.

Nosso regime de feminização foi desenvolvido com muita pesquisa, e ao longo de muitos anos de tentativa e erro. Nosso objetivo era alcançar:

A feminização máximo no menor período de tempo.

Menor número os indesejáveis ​​efeitos colaterais, tanto físicos quanto emocionais.
Ao olhar para o processo de feminização, vê-se que tem dois aspectos: atingir atributos femininos, tais como desenvolvimento de mamas, plenitude nos quadris, textura mais suave na pele, etc, e livrar-se de atributos masculinos, como corpo muscular excessiva superior desenvolvimento, o corpo do cabelo, a perda de cabelo padrão do couro cabeludo, crescimento da barba, etc

Terapia feminização, em si, geralmente é abordado a partir de uma de duas maneiras. A bifurcação na estrada toma a forma de se primordial importância é dada ao estrogênio ou testosterona. A partir desta divisão principal, vêm outras preocupações secundárias.

sábado, 9 de junho de 2012

Aspectos psicológicos, médicos e jurídicos do transexualismo


Aspectos psicológicos, médicos 
e jurídicos do transexualismo.

Psychologicals, Medicals and Juridicals
aspects of Transsexualism.

TEREZA RODRIGUES VIEIRA*

                          RESUMO
A cirurgia de adequação de sexo é de natureza terapêutica, não se constituindo
em uma violência punível. O indivíduo não quer simplesmente mudar de sexo.
A adequação lhe é imposta de forma irresistível; portanto, ele nada mais reclama que a colocação de sua aparência física em concordância com seu
verdadeiro sexo: o sexo psicológico. O direito, a psicologia e a medicina
devem contribuir na diminuição do sofrimento das pessoas, reconhecendo o
direito do transexual em adequar sua genitália e sua documentação.
Palavras-Chave: Identidade Sexual, Transexualismo, Aspectos Jurídicos

ABSTRACT

The Sex suitability surgery is of therapeutic nature, it isn’t a punishing violence.
The individual doesn’t want only. to change the Sex. The suitability is imposed to
him in a irresistible way, so, he demands his physical appearence to be according
to his true sex: the phychological sex. The law, the phychology and the medical
science must contribute to the decrease af  people’s suffering, recognizing the
right of the transexual to suit his genitals and his documentation.
Keys-words: Sex Identity, Transsexual, Juridical Aspects

* Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP. Doutoranda pela Université
Paris XIII.
Psicólogo inFormação
ano 4, nº 4, jan/dez. 2000
Copyright 2000 pelo Instituto Metodista de Ensino
Superior CGC 44.351.146/0001-57
psi05  3/21/02  11:06  Page 631. Nota introdutória

terça-feira, 5 de junho de 2012

Identidade de gênero



 (Oque é identidade de gênero)

Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (i,e se ela se identifica como sendo um homem,uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional ) mas também pode ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base oque tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc ). Identidade do gênero de base é geralmente formada aos três anos de idade e é extremamente difícil mudar depois disso.




(Identidade de gênero - além do superficial)

Na vasta maioria dos casos não há qualquer dificuldade em determinar sexo e gênero. A grande maioria dos seres humanos são considerados ou homens ou mulheres. Antes do século 20 o sexo de uma pessoa era determinado apenas pela aparência da genitália, mas quando passou-se a entender cromossomos e genes, estes passaram a ser usados para determinar o sexo. Normalmente, homens possuem genitália masculina e, um cromossomo X e um Y; e mulheres possuem genitália feminina e possuem dois cromossomos X. Entretanto algumas pessoas se consideram fora destas categorias, e alguns possuem combinações de cromossomos , hormônios, e genitália que não seguem as definições típicas de "homem" e "mulher". Estudos recentes sugerem que um em cada cem indivíduos podem ter um sexo atípico.




(Variantes na identidade de gênero)

Algumas pessoas sentem que sua identidade de gênero não corresponde com seu sexo biológico, sendo identificadas por pessoas transexuais ou pessoas intersexo em algumas situações. Como a sociedade insiste que os indivíduos devem seguir a maneira de expressão social (papel social de gênero) baseada no sexo estas pessoas sofrem uma pressão social adicional.
Por outro lado existem também indivíduos transgêneros em que a identidade de gênero não está conforme a norma social dos dois géneros macho/fêmea, idependentemente de terem ou não concordância com o sexo biológico com a maioria das suas manifestações de género social.




(Diferentes visões sobre identidade)

Existem diversos fatores que envolve a formação de identidades, como a diferença entre os diversos tipos de identidade. A primeira das identidades a considerada primordial é a identidade de gênero homem ou mulher, pois queira ou não as pessoas já rotulam as outras diante disso. Portanto diferentes tipos de identidade são produto da construção da sociedade e da história onde mantém se a relação de poder de acordo com o modelo essencialista, onde a identidade vem da biologia, o que você é, é resultado da sua genética e a ciência vai de acordo com esse modelo.
Há também o modelo de construtivismo em que a identidade é construída, transformada, pois não existem identidades que não passaram por mudanças ao longo dos anos e quando isso ocorre ela muda de acordo como é vista e interpretada pelos outros. Pois as transformações sociais são tão alarmantes quanto as tecnológicas, políticas e econômicas, então as identidades que encontram se em comflito então no interior dessas transformações.
Hoje em dia os conflitos são mais identitários (religião, cultura), em vez de ideológicos (comunismo, capitalismo), como já foi um dia.
Portanto, atualmente existem inúmeras formas de identidade e essas apesar de serem muitas vezes contraditórias elas acabam se cruzando e podem até se completarem.

Diferenças entre identidade gênero


Transexual é um indivíduo que possui uma identidade de gênero oposta ao sexo designado (normalmente no nascimento). Homens e mulheres transexuais fazem ou pretendem fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda médica (terapia de redesignação de gênero) para seu corpo.

Travesti era originalmente alguém que se vestia com roupas do sexo oposto para se apresentar em shows e espetáculos, mas essa prática passou a designar também o comportamento das drag queens e transformistas.

Drag queen e drag king são pessoas que se mascaram como sendo do sexo oposto, fantasiando-se com o intuito geralmente profissional de fazer shows e apresentações, na maioria das vezes em boates e bares GLBTT, de cujo movimento fazem parte. Muitos fazem também o trabalho profissional levando correio elegante. Chama-se drag queen o homem que se veste com roupas de mulher, e drag king a mulher que se veste como homem. São conhecidos pelos seus exageros no vestir, nos modos, na maquiagem e pelo estilo cômico de se apresentar.

Transformistas ou Crossdressers são pessoas que vestem roupas usualmente próprias do sexo oposto, sem que tal atitude interfira necessariamente em sua orientação sexual. Ou seja, uma pessoa crossdresser não necessariamente pautará sua orientação ou seu papel sexual em função desse seu fetiche por roupas do sexo oposto. Sendo assim, ele(a) pode ser heterossexual, homossexual ou bissexual.
Fonte(s):
http://passageirodomundo.blogspot.com/

domingo, 3 de junho de 2012

Texto sobre transexualismo



Transexualismo Masculino



Amanda V. Luna de Athayde

Ambulatório de Endocrinologia
Feminina, Instituto Estadual de
Diabetes de Endocrinologia Luiz
Capriglione (IEDE), Rio de Janeiro, RJ.


                                                                    RESUMO

O transexualismo masculino é uma condição que exige a atuação de profissionais de diversas áreas para o diagnóstico e tratamento. De vital importância é o correto diagnóstico, uma vez que o tratamento cirúrgico é irreversível e, se incorretamente indicado, pode levar até ao suicídio. Os elementos diagnósticos são essencialmente clínicos e um período-teste de observação de dois anos é recomendado antes da realização da cirurgia. Nesse período são utilizados recursos psicoterápicos e prescrita medicação anti-androgênica e estrogênica para adequação dos caracteres sexuais secundários. No presente artigo de revisão são abordados os conceitos necessários à conduta nos casos de transexualismo, bem como as opções terapêuticas disponíveis.
Unitermos: Transexualismo; Papel de gênero; Antiandrogênios; Estrogênios.

ABSTRACT
Male transsexualism is a condition involving the cooperation of multiple specialists for diagnosis and treatment. Correct diagnosis is crucial once the surgical treatment is irreversible and if mistaken can lead to suicide. Diagnostic cues are essentially clinical and a test period of two years is recommended before surgery. During this period psychotherapy and antiandrogen and estrogen prescriptions are made to achieve secondary sexual characters adequacy. In this review article the concepts required for good practice in transsexualism are discussed as well as the therapeutic options available.
Keywords: Transsexualism; Gender role; Antiandrogen; Estrogen.


OS TERMOS ESPECÍFICOS UTILIZADOS nesta revisão encontram-se na tabela 1. O transexualismo como um fenômeno, claramente contrasta nossos entendimentos comuns sobre sexualidade (1,2), mas não é uma depravação sexual (3) e sim a forma mais extrema de distúrbio da identidade sexual (4). Também chamado de disforia de gênero (5), é uma incompatibilidade entre o sexo anatômico de um indivíduo e a sua identidade de gênero (6).





Nestes indivíduos, o desejo de pertencer ao sexo oposto é extremamente forte, procurando desesperadamente a terapia hormonal e a cirurgia, com este objetivo (7,8).
Conseqüentemente seu sofrimento é tanto e tão urgente que podem chegar ao extremo de auto-mutilação e suicídio (4).